Pelo segundo ano consecutivo, aumenta o número de mortes cometidas por policiais militares em SP
Dados do Ministério Público de São Paulo mostram que até novembro deste ano, as mortes cometidas por PMs aumentaram 46,9% no estado, comparado ao ano de 2023. De acordo com o levantamento realizado pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gaesp-MPSP), 745 pessoas foram mortas por PMs até o mês de novembro de 2024, em comparação com 507 ocorrências registradas em todo o ano passado.
Foram 630 mortes cometidas por policiais militares em serviço e 115 por agentes de folga neste ano. Em 2023, foram 385 por PMs em serviço e 122 por agentes de folga.
Este é o segundo ano consecutivo que São Paulo registra aumento nessa estatística. Em 2023 o estado teve um aumento de 19% no número de mortes cometidas por policiais militares em serviço e de folga em comparação com 2022.
Fim do uso de câmeras corporais e aumento de mortes cometidas por PMs
A alta desse indicador coincide com o fim da obrigatoriedade do uso de câmeras corporais por policiais militares em serviço. Entre 2020 e 2022, período em que o uso das câmeras corporais foi obrigatório, houve queda significativa de mortes cometidas por policiais militares. Foram 796 mortes cometidas por PMs em 2020 e 396 mortes em 2022, queda de 47,7%.
Região do ABC registrou aumento de 34% de mortes cometidas por PMs
As sete cidades do ABC somaram 43 mortes cometidas por PMs até novembro de 2024, ante 32 mortes em 2023. Numericamente, as cidades da região que observaram a maior alta de mortes cometidas por PMs foram Santo André e Mauá. Comparado a 2023, foram 5 mortes a mais em cada cidade.
Em São Bernardo do Campo foram 12 pessoas mortas por PMs, uma a mais que em 2023, Diadema 6 pessoas mortas, Ribeirão Pires 2 pessoas, São Caetano do Sul 1 pessoa morta e em Rio Grande da Serra nenhuma pessoa foi morta por policiais militares.